Blog do Guacamole

Não é só taco e tequila, meu bem. O chocolate também é made in México!
July 30, 2025
A história do chocolate começa no México!

Muito antes de virar sobremesa, o chocolate era coisa séria. Usado como oferenda aos deuses, os Maias preparavam uma bebida sagrada à base de cacau. Fermentado, seco, tostado e moído, ele era misturado com água, pimenta e farinha de milho. Surgia aí a primeira versão do chocolate: intensa, amarga e cheia de significado.
Essa bebida, conhecida como cacauhtl (“água de cacau”) ou xocoatl (“água amarga”), era tão preciosa que era reservada apenas para rituais e para a nobreza.
Em 1519, o explorador espanhol Hernán Cortéz chegou ao México. Recebido com honras pelo imperador asteca, experimentou a tal bebida, que na época valia mais do que o ouro. Depois de conquistar o império asteca, Cortéz levou os grãos de cacau para a Europa como um verdadeiro tesouro.
Ali, a bebida ganhou novos ingredientes e conquistou a elite. Surgiram as famosas Casas de Chocolate na Espanha e na Inglaterra, frequentadas por nobres e intelectuais. Mas foi só após a Revolução Industrial que o chocolate começou a se popularizar de verdade.
Em 1765, nasceu a primeira fábrica de chocolate nos EUA, em Massachusetts. E quase um século depois, a inglesa Fry and Sons criou o primeiro chocolate em barra como conhecemos hoje.
Ou seja… aquela mordida no chocolate que você ama tem um passado maravilhoso. E ele começa no coração do México.

A tequila é muito mais do que um drink divertido — é uma tradição enraizada na cultura mexicana. Produzida originalmente na cidade de Tequila, próxima a Guadalajara, sua fabricação é rigidamente controlada pelo governo do México. Para receber esse nome, a bebida deve seguir critérios específicos e só pode ser feita em determinadas regiões, como os estados de Jalisco e Michoacán. A matéria-prima principal é a agave-azul, uma planta típica do país, que leva de 7 a 10 anos para amadurecer. Para produzir 1 litro de tequila, são necessários cerca de 7 kg da planta — e somente o miolo é aproveitado; as folhas são descartadas. O processo envolve cuidados intensivos, como podas regulares, que influenciam diretamente no sabor e tamanho da planta, variando conforme a região de cultivo. Em 2016, Brasil e México firmaram um acordo histórico: o reconhecimento mútuo da denominação de origem da cachaça e da tequila. Ou seja, só pode se chamar tequila se for mexicana de verdade, e o mesmo vale para a cachaça brasileira no México. O tratado foi oficializado no Brasil em 2017. E aqui no Guaca, você encontra mais de 15 tipos de tequila autêntica para brindar com estilo, tradição e um toque de México! ¡Arribaaa, abajo, al centro y adentro!

O artesanato mexicano é uma explosão de cultura, tradição e criatividade. Com cores vibrantes e padronagens que só se encontram por lá, cada peça carrega história e identidade. Nas feiras e mercados populares, você encontra de tudo: esculturas, cerâmicas pintadas à mão, bonecas de pano, chapéus mexicanos, bordados em alto relevo e artigos de prata que são verdadeiras joias da arte popular. Na cidade de Taxco, a prateria é uma atração à parte. Reconhecida mundialmente pela qualidade e originalidade, a prata de Taxco mistura influências do barroco colonial com o estilo art nouveau. Só na rua São Agustin, são mais de 20 praterias oferecendo colares, pulseiras, anéis, crucifixos, pratos, tigelas e até talheres esculpidos com maestria. Mas o artesanato vai além do metal e da cerâmica. Os tecidos coloridos chamam a atenção com seus padrões geométricos e formas que contam a história do povo mexicano. São mantas, bolsas de lã, tapetes e bordados que parecem dançar com as cores. E claro, não podemos esquecer dos Alebrijes de Oaxaca. Criaturas mágicas esculpidas à mão e pintadas com detalhes minuciosos. Nascidos da tradição dos povos zapotecas, esses animais imaginários são considerados guardiões dos sonhos e símbolos de sorte. Antes usados em rituais religiosos e até em caçadas, hoje são também brinquedos e presentes especiais para crianças. Outro destaque são as caveiras e cabeças de animais decoradas com miçangas coloridas, um trabalho delicado e cheio de significado que representa a alma festiva e simbólica do México. E o melhor: muitos desses artigos legítimos você encontra aqui mesmo, no Guaca. Venga conhecer um pedacito do México em cada detalhe!

¡Te quiero, nacho! Triangular, crocante e absolutamente viciante. O nacho nasceu por acaso, mas conquistou o mundo de propósito. O criador? Nacho Anaya, assistente de cozinha do restaurante Victory Club, na cidade de Piedras Negras, na fronteira entre o México e os Estados Unidos. Em 1943, alguns clientes chegaram quando o chef já havia ido embora. Nacho, com aquela criatividade mexicana, pegou tortilhas de milho cortadas, adicionou queijo derretido, batata e pimenta jalapeño. O sucesso foi instantâneo. O prato ganhou o nome de “Nachos Especiales” e depois só “Nachos”. Ah, e aquele salgadinho famoso que parece com o nacho? Também tem origem mexicana. Foi inspirado por um certo Doradito, apelidado de Dorito. ¡Tacos, venga! Muito antes dos food trucks ou dos reels de comida viral, os tacos já estavam brilhando na história do México. Os primeiros surgiram com os olmecas, que viviam em Veracruz e Tabasco. Eles criaram uma técnica para transformar o milho em massa, com cal e descanso. E foi assim que nasceu a base dos tacos. Como os trabalhadores rurais passavam o dia inteiro no campo, as mulheres precisavam de uma forma prática de levar comida. A solução? Tortilhas recheadas e dobradas ao meio, formando um envelope de sabor. O nome “taco” veio da antiga palavra “quauhtaqualli”, que com o tempo virou “taqualli” e, por fim, “taco”. Hoje, o taco é um ícone da gastronomia mexicana e tem até um dia só pra ele: 31 de março, o Dia Mundial do Taco. Se come com a mão e existe até técnica pra segurar sem perder o recheio. Então, da próxima vez que estiver entre um e outro, lembre-se: o México é generoso. Ele não obriga você a escolher. Dá pra amar os dois, sin drama.

Entre os pratos mais amados do México, os burritos e as quesadillas são garantia de sabor marcante. Apesar de usarem a mesma base, a tortilha, cada um tem sua própria história, jeito de preparo e uma legião de fãs. E antes de entrar nesse duelo delicioso, vale conhecer a base dessas iguarias: a tortilha. A tortilha é um disco fininho feito de trigo ou milho, parecido com uma panqueca, que serve como base para diversas combinações. O que muda é a forma como ela é recheada, apresentada e preparada. Isso é o que define se você está saboreando um burrito, uma quesadilla, um taco ou qualquer outra maravilha mexicana. Yo soy um burrito A história do burrito começa na cidade de Chihuahua, no México. Lá, um cozinheiro chamado Juan Méndez vendia comida perto da fronteira com os Estados Unidos, na região do Rio Bravo. Com a Revolução Mexicana, muitos moradores atravessaram para o lado americano, mas ainda mantinham o contato com o México, especialmente pelo aroma irresistível da comida de Juan, que atravessava o rio. Para manter os alimentos quentinhos até a entrega, Juan teve uma ideia. Ele começou a enrolar os ingredientes como carne, feijão, alface e molhos em tortilhas, e colocava tudo em sacolas. Deu tão certo que os pedidos começaram a aumentar. Foi então que ele comprou um burro para ajudá-lo nas entregas. Daí surgiu o nome burrito, que significa "burrinho" em espanhol. Hoje, o burrito é símbolo de praticidade e sabor, recheado com ingredientes variados, enrolado como um presente mexicano pronto para ser devorado. Ilha, ilha, ilha… Yo quiero quesadilla A quesadilla nasceu doce. No começo, era uma sobremesa feita com pão de milho, queijo e açúcar, vendida nas ruas com mel ou frutas. Com o tempo, a receita evoluiu para uma versão salgada, com a clássica combinação de queijo derretido entre duas tortilhas, ou uma tortilha dobrada ao meio, grelhada até ficar crocante por fora e cremosa por dentro. Hoje, a quesadilla pode ter inúmeros recheios como frango, carne, cogumelos, pimentões ou o que a criatividade permitir. Mas uma coisa é certa: o queijo é o protagonista. A tortilha usada pode ser de trigo ou milho, preparada na chapa ou frigideira, e servida quentinha, no ponto perfeito para puxar aquele fio de queijo derretido que todo mundo ama. Quer fazer em casa? Aprenda a preparar a base: tortilha mexicana Tortilha de trigo Ingredientes 3 xícaras de farinha de trigo 1 colher de chá de sal Meia colher de chá de fermento químico 3 colheres de sopa de manteiga em temperatura ambiente 1 xícara de água morna Modo de preparo Misture a farinha, o sal e o fermento em uma vasilha Adicione a manteiga e misture com as mãos até formar uma farofa Vá acrescentando a água aos poucos até a massa desgrudar das mãos Sove até ficar bem lisa e deixe descansar por 30 minutos coberta com um pano Divida em 10 bolinhas e abra com um rolo Leve à frigideira quente e vire quando começar a formar bolhas Asse dos dois lados, sem deixar ficar crocante. A tortilha precisa estar maleável para ser dobrada ou enrolada Tortilha de milho Ingredientes 250 gramas de farinha fina de milho 250 gramas de farinha de trigo 15 gramas de sal 250 mililitros de água 20 mililitros de óleo Modo de preparo Misture todos os ingredientes secos em uma tigela Adicione a água aos poucos até formar uma massa compacta Junte o óleo e misture até a massa ficar bem homogênea Deixe descansar por 10 minutos Divida em bolinhas e abra com um rolo, deixando-as redondinhas e finas Leve à frigideira quente, sem óleo, e doure dos dois lados Agora é só rechear e escolher seu lado nessa disputa deliciosa Burrito ou quesadilla. Seja qual for sua escolha, o México agradece

Diferente de muitas culturas que associam caveiras à morte e ao luto, no México esse símbolo é celebrado como parte da vida. A caveira mexicana, estilizada com flores, cores vivas e traços delicados, representa o respeito e a alegria de relembrar entes queridos durante o Día de los Muertos, celebrado de 31 de outubro a 2 de novembro. Essa tradição tem raízes nas culturas pré-colombianas, como Maias, Astecas e Incas, que já viam a morte como uma continuação da existência e homenageavam seus ancestrais com festas, oferendas e rituais. A figura da caveira ganhou ainda mais destaque graças ao artista José Guadalupe Posada, que criou a famosa "La Calavera Garbancera", uma dama esquelética de chapéu elegante — uma sátira à elite mexicana que renegava suas raízes indígenas. Mais tarde, o muralista Diego Rivera a eternizou em seu icônico mural "Sonho de uma tarde dominical na Alameda Central", renomeando-a como La Catrina. Na obra, ela aparece ao lado de Posada e do próprio Rivera quando criança, em um retrato poderoso da identidade cultural do México. Hoje, La Catrina é uma das imagens mais emblemáticas do país — um lembrete de que a morte não precisa ser temida, mas sim lembrada com cor, carinho e celebração.

O nopal, um tipo de cacto com formato de raquete, sempre fez parte da cultura mexicana. Seja na culinária, na medicina ou até nos mitos ancestrais, ele é um verdadeiro ícone nacional. E agora, foi além: se transformou em uma fonte de energia limpa e renovável. Desde maio de 2017, um projeto piloto em Milpa Alta, uma região ao sul da Cidade do México com mais de 12 mil hectares de áreas florestais e 2.800 dedicados exclusivamente ao cultivo de nopal, passou a usar os resíduos dessa planta para gerar energia elétrica. A tecnologia envolve um biodigestor que transforma toneladas de sobras orgânicas, produzidas diariamente no mercado local, em eletricidade. O projeto vai além da inovação regional. O México foi o primeiro país em desenvolvimento a apresentar voluntariamente na ONU um plano de redução de gases de efeito estufa. E o nopal se tornou peça-chave nessa transição para um futuro mais sustentável. Mas esse cacto tem muitos outros usos. Dentro de sua casca espinhosa existe uma polpa viscosa e nutritiva, que serve de base para dezenas de pratos típicos como sopas, saladas, assados, doces e sucos. Além disso, o nopal é usado em medicamentos naturais para tratar hipertensão, problemas intestinais, queda de cabelo, e também na fabricação de xampus, géis dermatológicos e sucos dietéticos. No mercado de Milpa Alta, o dia começa ainda de madrugada. Centenas de pessoas trabalham no processamento do cacto, limpando, descascando e empacotando. Todos os dias, são geradas até 10 toneladas de resíduos orgânicos. É esse material que alimenta o sistema que hoje gera energia elétrica. Das quase 200 espécies de nopal conhecidas, 101 são encontradas no México. Segundo a mitologia asteca, o nopal nasceu da vingança do deus Huitzilopochtli, que arrancou o coração do príncipe traidor Copilli e o lançou em um lago. No local onde o coração caiu, nasceu o primeiro nopal, com frutos vermelhos representando o coração de Copilli. Foi exatamente nesse lugar, sobre uma pequena ilha, onde havia um nopal com uma águia pousada devorando uma serpente, que os astecas fundaram Tenochtitlán, hoje conhecida como Cidade do México. A cena virou símbolo nacional e está presente até hoje na bandeira do México. Mais que uma planta tradicional, o nopal é agora também um símbolo de futuro. Uma ponte entre cultura ancestral e inovação sustentável.

Aperol Spritz con un toque muy Guaca O drink mais refrescante do momento também tem espaço na nossa fiesta! Fácil de preparar, lindo de servir e perfeito pra brindar com los amigos. Ingredientes: 40 ml de Aperol 100 ml de espumante Moscatel (ou Brut, se preferir menos doce) 120 g de gelo (umas 6 pedras tá ótimo) 1 meia-lua de laranja pra fechar con estilo Modo de preparo: Pegue uma taça de vinho bem bonita e coloque o gelo. Adicione o Aperol. Complete com o espumante — devagar, pra manter a leveza. Finalize com a laranja e tá pronto! Sirva gelado, chame la galera e aproveite como se estivesse numa tarde caliente em Playa del Carmen. ¡Salud y viva la experiencia!

O Food Truck do Guacamole teve a honra de participar do programa Food Truck na Estrada, exibido no canal GNT — e claro que a estrela do dia não poderia ser outra: nosso famoso Taco de Camarão com Guacamole, servido com vinagrete mexicano e acompanhado de um ceviche refrescante. Quer preparar essa delícia em casa e reviver um pedacinho da nossa participação? A receita completa está logo abaixo! E se quiser conferir como foi nossa passagem pelo programa, é só acessar: gnt.globo.com/receitas/receitas/taco-de-camarao-com-guacamole.htm Ingredientes Taco de camarão 1kg de camarão pequeno 1 cebola grande Pimentas dedo-de-moça (sem sementes) 3 dentes de alho Sal a gosto Azeite para selar Guacamole 6 abacates maduros 1 cebola roxa 4 tomates Suco de 2 limões 2 pitadas de coentro picado Molho de pimenta vermelha a gosto Sal a gosto Vinagrete mexicano (Pico de Gallo) 1 cebola 5 tomates 1 pitada de coentro picado 20ml de vinagre de maçã 10ml de azeite de oliva Molho de pimenta vermelha a gosto Sal a gosto Ceviche 1kg de camarão médio 500g de peixe branco (em cubos) 1 cebola (em julienne) 1 pimenta dedo-de-moça (picada) Suco de 10 limões 150ml de leite de coco 1 pitada de coentro picado 1 colher (chá) de gengibre ralado Pimenta-do-reino e sal a gosto Salsinha picada a gosto Modo de preparo Taco de camarão Doure o alho, a cebola e a pimenta no azeite. Em seguida, adicione o camarão e tempere a gosto. Cozinhe rapidamente para manter a maciez. Guacamole Corte a cebola e os tomates em cubos pequenos. Amasse os abacates até formar uma pasta. Em uma tigela, misture tudo com os demais ingredientes até ficar bem cremoso. Vinagrete mexicano Misture todos os ingredientes em um recipiente, ajustando o sal e a pimenta conforme o seu gosto. Montagem do taco Comece colocando uma camada de guacamole na base da tortilla, adicione os camarões refogados e finalize com o vinagrete por cima. Ceviche Escalde rapidamente o camarão em água quente, escorra e misture com o peixe cru e os demais ingredientes. Por fim, adicione o leite de coco, leve à geladeira por cinco minutos e sirva gelado.

Originado da planta Opuntia, ele é popularmente conhecido como pera do cacto, mas por lá, é tratado como muito mais que isso: é ingrediente de receitas, remédio natural e símbolo de identidade cultural. Com sabor suave, levemente adocicado e textura macia, o nopal aparece em diversos pratos mexicanos: molhos, tacos, saladas, sucos e até sobremesas. Pode ser consumido cru, frito, refogado ou grelhado — sempre com aquele toque especial que só ele tem. Mas o nopal também é um superalimento. Rico em minerais como cálcio, magnésio, potássio, ferro e cobre, ele auxilia na digestão, no controle do colesterol, da glicemia e até na prevenção de doenças. É indicado para diabéticos, tem ação antioxidante, antibiótica e pode até ajudar no processo de emagrecimento. Na mesa dos mexicanos, o nopal é tradição. No seu prato, pode ser sabor e saúde juntos. Que tal